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Sonda Lambda

Page history last edited by PBworks 17 years, 5 months ago

A Sonda Lambda detecta continuamente o teor de oxigênio no gás de escape e informa a ECU (Unidade de Controle Eletrônico) sobre a condição de mistura ar/combustível do veículo. A ECU utiliza esta informação para decidir se é necessário alterar a mistura para atingir uma condição ideal (veja diagrama). Isto é conhecido como controle realimentado (closed-loop), pois o sinal de saída do sensor realimenta o controlador (ECU) que pode então controlar corretamente o sistema de mistura ar/combustível, proporcionando uma ótima e eficiente conversão catalítica e reduzindo em conseqüência a emissão de poluentes. Ao mesmo tempo garante uma boa dirigibilidade.

 

 

 

Sonda Lambda ou "Sensor de Oxigênio" é o componente do sistema de injeção eletrônica, responsável por medir a concentração de oxigênio nos gases de descarga. A sonda lambda (normalmente designada como on-off ou não linear) é composta internamente por um elemento cerâmico envolto por um cilindro (eletrodo negativo), e centralmente, por um cone concêntrico (eletrodo positivo). O elemento cerâmico (eletrólito sólido) é a base de dióxido de zircônio (ZrO2), recoberto, interna e externamente por uma fina camada de platina porosa, inserido em uma carcaça metálica, com aberturas ou orifícios para passagem dos gases de combustão, com função de proteção e de fixação à tubulação de escapamento do veículo. Um dos lados do elemento cerâmico (parte interna do eletrodo negativo), se encontra em contato direto com o ar atmosférico (21% de oxigênio), enquanto o outro, está exposto aos gases de combustão (parte externa do eletrodo positivo, onde a concentração de oxigênio nos gases é variável em função da relação ar/combustível no interior do cilindro).

 

O funcionamento da sonda lambda baseia-se no fato de que, em temperaturas superiores a 300ºC, o elemento cerâmico torna-se condutor de íons de oxigênio. Em tais condições, cargas negativas (O-2) migram de uma placa de platina para outra, conduzidas pelo elemento cerâmico (eletrólito de dióxido de zircônio), gerando uma diferença de potencial elétrico entre os terminais dos eletrodos que varia de 100 a 900 milivolts. Valores entre 100 e 450 milivolts indicam mistura pobre, alta concentração de oxigênio nos gases de combustão (lambda > 1). Valores entre 450 e 900 milivolts, indicam mistura rica, baixa concentração de oxigênio (lambda < 1).

 

 

A central de injeção opera basicamente em duas fases de controle de mistura: closed-loop ou open-loop (malha fechada ou aberta). Quando o motor funciona em regimes estáveis, como em marcha lenta, suaves acelerações, velocidade do veículo constante com abertura de borboleta menor que 70% e dentro de um certo limite máximo de rotação, o sistema opera em malha fechada com lambda objetivo determinado pela central igual a 1,000. Esse valor, com variações limites de +- 5%, está previamente estabelecido no mapa de mistura.

 

Em regimes transitórios, ou seja, bruscas variações na posição de borboleta, durante a partida a frio (warm-up) e em plena carga, o sistema opera em malha aberta com lambda objetivo menor que 1,000. Nessas condições o sinal de tensão gerado pela sonda não é utilizado. A central utiliza valores já estabelecidas no mapa de mistura, tendo como objetivos: dirigibilidade, emissões de poluentes e temperatura limite do catalisador (estabelecida pelo seu fornecedor). Em plena carga e rotações elevadas, pode-se obter lambda objetivo entre 0,820 à 0,920 (mistura excessivamente rica), devido ao controle desse último parâmetro.

 

Em síntese, quando o valor de lambda objetivo não tender a 1,000 ou for detectado algum inconveniente que impeça o correto funcionamento da sonda e for adotado pela central a condição de "recovery", o sistema estará operando em malha aberta.

 

 

Em função da sua localização na tubulação de escapamento, a sonda lambda pode ser aquecida por uma resistência elétrica auxiliar (resistor de aquecimento tipo PTC), com finalidade de manter uma temperatura mínima de operação nos regimes de marcha lenta, em procedimento "cut-off" e também para antecipar seu aquecimento logo após partida a frio do motor (warm-up). A quantidade e a dimensão dos orifícios para captação das amostras dos gases de combustão também influenciam no seu aquecimento, sendo importantes parâmetros para determinação do correto ponto de instalação, não devendo ser modificado.

 

DICAS PRÁTICAS

 

1. Ao remover a sonda proceder com cautela pois a mesma poderá estar presa. Se necessário, utilizar um spray desengripante sobre a região de contato entre a sonda e a tubulação de descarga.

2. Não é indicada nenhuma operação de limpeza para a sonda lambda, seja com descarbonizantes, líquidos detergentes ou ultra-som.

3. Efetue a verificação do chicote elétrico de ligação entre a sonda e a central eletrônica, efetuando com o auxílio do multímetro, teste de continuidade elétrica.

4. Ainda com o auxílio do multímetro, verifique a tensão de alimentação (12 volts) da resistência de aquecimento da sonda com a chave de ignição ligada, sendo normalmente presente por aproximadamente 05 segundos.

5. Efetue a limpeza dos terminais elétricos do componente utilizando spray do tipo limpa contato não oleoso. Não efetue lixamento, pois esta operação promove a retirada da camada protetora dos terminais, permitindo a oxidação (formação de zinabre) e conseqüentemente, aumentando a resistência elétrica de contato.

6. Não é recomendada qualquer operação de emenda (com solda elétrica, outro tipo de conector ou mesmo trançagem de fios). Os pontos de emenda podem aumentar a resistência elétrica do circuito influenciando no controle de mistura do motor.

7. Para sondas com sextavado M12, proceder a montagem inicial com os dedos até o fim da rosca. Depois apertar com a chave adequada com torque de 18 a 23 (Nm). Sondas com sextavado M18, proceder a montagem inicial com os dedos até o fim da rosca. Depois apertar com a chave adequada com torque de 35 a 45 (Nm).

8. Não é recomendado o uso de sondas lambda tipo universais, as quais possuem características físicas distintas das originais, alterando os padrões de interpretação de resultados.

 

 

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